Cidades do interior amazonense não chegam a ter um profissional para cada 1.000 pessoas; salário e carga horária estão entre os motivos
Um levantamento inédito da Confederação Nacional dos Municípios mostra que faltam médicos da atenção básica em todo o país, tanto nos grandes centros como nas cidades menores. A pesquisa traz ainda um dado alarmante: uma em cada três prefeituras entrevistadas relatou que está sem nenhum médico na rede primária.
Entre as cidades pesquisadas, quase 1.000 não tem sequer um médico na atenção primária. Na maioria dos casos, a falta de equipe já dura mais de três meses. As principais dificuldades para contratar são o salário, a falta de recursos e o cumprimento das 40 horas semanais.
Em Belo Horizonte há 180 vagas abertas, mas a dificuldade para encontrar profissionais tem sido muito grande.
A dona de casa Lídia Cardoso relatou que tem sido difícil algum médico permanecer no cargo.
“Não está tendo médico. O médico que tinha aqui aposentou, e o outro que veio ficou uns dias e foi embora”, conta.
No interior do Amazonas, os municípios não alcançam sequer a marca de um médico para cada 1.000 habitantes. E na capital Manaus faltam de clínicos a especialistas nas unidades básicas.
A empresária Rayane Rosa da Silva precisava de consulta com ginecologista. E sabe que terá de entrar em uma longa fila.
“O que eu sei é que tem uma ginecologista atendendo e a demanda tá sendo muito grande pra ela, né”, lamenta.
Veja a reportagem completa no vídeo
Fonte: G1 – Bom dia Brasil
